Pesquisar este blog

domingo, 11 de julho de 2021

O perigo de se apartar da simplicidade e pureza de Cristo.

 Extraído do Livro "Mensagens Reveladas - Assim Deus tem Falado.

 - Bispo Emir Castro de Macedo

MEDITAÇÃO

            “Mas receio que, assim como a serpente enganou a Eva com a sua astúcia, assim também seja corrompida a vossa mente e se aparte da simplicidade e pureza devidas a Cristo” – II Coríntios 11:3.

            “Astúcia é um artifício, um engano, uma mentira, que se assemelha tanto quanto possível à verdade. Vigie.”

            Amado leitor, busquemos a renovação da fé numa linguagem que os verdadeiros filhos de Deus devem ter, usando a única arma poderosa, a imutável Palavra de Deus. Pois é com ela que apagamos todos os dardos inflamados do maligno e recebemos condições para afugentar todo o exército insensível e atuante da maldade que, usando sutis artimanhas, incutem vacilações, rebeliões, falsidades, num momento em que a atitude dos salvos deve ser de uma constância inabalável.

            Necessitamos de ousadia para falarmos a linguagem do Senhor e assim desfazermos os sinais dos profetizadores de mentiras – Isaías 44:25. O Senhor confirmará a palavra de Seu servo – Isaías 44:26. Lamentavelmente, é grande o número de pessoas que adoram contar o que o diabo está fazendo, esperando receber do próximo palavras de compaixão e dó; não aprendem a maneira correta de falar, pronunciam palavras destruidoras. Provérbios 13:2,3 “Do fruto da boca o homem comerá o bem, mas o desejo dos pérfidos é a violência. O que guarda a boca conserva a sua alma, mas o que muito abre os lábios a si mesmo se arruína”.

            As palavras que proferimos retratam o que somos e traduzem aquilo em que realmente cremos. Evitemos pronunciar palavras destruidoras. Porventura, as contendas, incompreensões, iras e julgamentos não têm suas origens no afastamento da Palavra do Espírito? Façamos uso da Palavra de Deus diante de qualquer desafio, para que o inimigo de nossas almas seja completamente derrotado.

            A linguagem dos verdadeiros filhos de Deus é a da pacificação e nunca a da rebelião e confusão; isso geralmente traz dois pesos e duas medidas. Temos um PAI e é Ele que fala e vela sobre Sua Palavra para a cumprir – Jeremias 1:12.

            Por que muitos têm perdido a alegria da salvação? Deixaram a vida da Palavra do Espírito.

            A pessoa que tem em sua boca a confissão correta está sempre alegre e confiante. Ela nunca se queixa e sempre confia na solução de todos os problemas; nunca é tarde demais e não há tempo ruim que não mude. Salmos 23:1 “O Senhor é o meu pastor; nada me faltará”. Considero-me uma ovelha desse Sumo Pastor. Não tenhamos na nossa boca nada que contradiga a Palavra do Espírito. Alimentemo-nos da verdade conforme João 8:32, e ela mudará a cada momento a nossa maneira de expressar.

            João 7:37,38 “No último dia, o grande dia da festa, levantou- se Jesus e exclamou: Se alguém tem sede, venha a mim e beba. Quem crer em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva”.

            Após essas palavras, o povo se dividiu. Alguns queriam prendê-lo. Muitos não entenderam o espírito da Palavra. Não creram. Não beberam da Água.

            Lembremo-nos do dilúvio. A obediência à Palavra do Espírito trouxe salvação sobre as águas. Desobediência, morte sob as águas. Ao obediente Noé e sua família, a aliança foi simbolizada pelo arco-íris, confirmando a vida da água, a promessa do Senhor: Não haverá mais julgamento de condenação pela água e sim de salvação. Qual a nossa posição? Antediluvianos que não creram e pereceram, ou Noé que creu e viveu?

            Nicodemos foi alertado e convidado a uma transformação introspectiva, a entrar e beber da água do Espírito, que produz um novo nascimento.

            Amado leitor, beba abundantemente dessa Água do Espírito. A igreja de Filadélfia tinha pouca força, isto é, não era tão forte e nem perfeita, entretanto, guardou a Palavra e não negou o nome do Senhor. A vitória dessa igreja de pouca força foi porque guardou a Palavra do Senhor –Apocalipse 3:8. “Porque guardaste a palavra da minha perseverança, também eu te guardarei da hora da provação que há de vir sobre o mundo inteiro, para experimentar os que habitam sobre a terra” – Apocalipse 3:10.

            Com a destruição pelas águas e salvação das águas pelo anúncio e estabelecimento da aliança do Senhor pelo ARCO – Gênesis 8:11-13. O ARCO estará nas nuvens – Gênesis 9:16.

            II Pedro 3:7 – Ora, os céus que agora existem e a terra, pela mesma palavra, têm sido entesourados para fogo, estando reservados para o Dia do Juízo e destruição dos homens ímpios.”

            Ao passar pelo fogo dessa aflição, o Senhor Jesus se fez como homem; e este homem sou eu e é você. Cumpriu a lei em nosso lugar e apagou o que devíamos. Em Cristo, o fogo do Espírito nos dá vida, porque é vida do Espírito da Palavra, que já está em nós, mas não está no ímpio que será queimado literalmente uma vez que a carne está viva. Todavia, em Cristo, a nossa carne morreu. Morreu em você? Está contendendo por causa de costumes? Defende seus pontos de vista, seus Eu acho, sem examiná-los à luz da Palavra? Ainda não entendeu que Deus não age nos extremos? Nem compreendeu o respeito ao ponto de vista do irmão? – Mateus 7, Romanos 2.

            Vejamos o exemplo de Gideão. Esse símbolo – a carne da velha natureza – foi queimado na penha (Rocha) – Juízes 6:20,21. Deu vida à terra pela água tirada do velo de lã de cordeiro que se secou, depois de espremido, enchendo uma taça de água – Juízes 6:38. Jesus, velo seco, terra molhada que agora fértil, produz o trigo que, moído, dá o pão que não interessa aos ímpios midianitas, uma vez que é morte para o pecado e vida do Espírito para nós.

            Amados, é noite. Memorizemos o Calvário. Ele, Jesus, morreu, dessecou-se para que pudéssemos beber da água pura da vida, sua poderosa PALAVRA. Sejamos o orvalho sobre toda a terra, dando vida ao que está sedento – Juízes 6:40

            Jesus se fez homem, e no deserto, na hora da fome, Satanás mandou que Ele transformasse as pedras em pães. Mas, como Homem e Filho de Deus, rejeitou o alimento sugerido pelo diabo e permaneceu e anunciou a Palavra da boca de Deus. Palavra do Espírito.

            Temos de estar cônscios da responsabilidade que o momento exige de cada um de nós. A humanidade sofre e geme com as astutas ciladas do adversário; testemunhamos a inversão de valores e sutis ofertas meramente terrenas em detrimento da imutável Palavra de Deus. Pressionam a verdadeira obra do Espírito no sentido de rendição, a princípio parcial, mas visando transformá-la na mulher do capítulo 17 de Apocalipse – a grande prostituta montada na besta.

            Lembremo-nos de que a meretriz, por necessidade ou não (não nos cabe julgar sua opção), vende o seu corpo a preço de dinheiro e bens da terra. Todavia, a igreja de Jesus não tem esse direito, uma vez que é o corpo de Jesus comprado por Ele, pelo alto preço de sangue. Jesus pagou nossa dívida, astronomicamente alta e sem nenhuma possibilidade de resgate por nenhum outro, como lemos em Salmos 49:7,8 “Ao irmão, verdadeiramente, ninguém o pode remir, nem pagar por ele a Deus o seu resgate (Pois a redenção da alma deles é caríssima, e cessará a tentativa para sempre)”.

            Cerca de setecentos anos antes, fora escrita a descrição da nossa justificação pela antevisão do profeta Isaías: “Certamente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus e oprimido. Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados” – Isaías 53:4-5.

            Somos, portanto, somente dele. A igreja vive para Ele. A lei não perdoa o pecador, pelo contrário, exigia a sua condenação e foi no tribunal do Gólgota que fomos julgados e condenados, pois a lei vindicou ali os seus direitos aviltados. Jesus tomou o nosso lugar e morreu pelos nossos pecados; o justo, pelos injustos. O doloroso sacrifício da cruz cumpriu a nossa eterna redenção, reconciliando o homem com Deus.

            Em Lucas 7:40-43, lemos: “Dirigiu-se Jesus ao fariseu e lhe disse: Simão, uma coisa tenho a dizer-te. Ele respondeu: Dize-a, Mestre. Certo credor tinha dois devedores: um lhe devia quinhentos denários, e o outro, cinquenta. Não tendo nenhum dos dois com que pagar, perdoou-lhes a ambos. Qual deles, portanto, o amará mais? Respondeu-lhe Simão: Suponho que aquele a quem mais perdoou. Replicou-lhe: Julgaste bem”.

            O Senhor Jesus demonstrou a condição miserável dos seres humanos. Todos são devedores: uns devem menos; outros, mais. Todos são fracassados, falidos. Não têm com que pagar. O homem fracassado como é, não pode se exaltar sob nenhum pretexto, porque não tem condição de justificar-se perante Deus, pelo que realiza, ainda que com boas obras. O Senhor diz que, depois que fizermos tudo, devemos nos considerar servos inúteis. Somos salvos pelas infinitas misericórdias de Deus em Cristo Jesus, o Senhor, a quem devemos tributar toda honra e toda glória.

            Jó 9:20 – “Ainda que eu seja justo, a minha boca me condenará; embora seja eu íntegro, ele me terá por culpado”.

            Concluímos que não há, no homem, mérito que o justifique diante de Deus. Seria confiar na ação de um morto. As obras não levam os homens à salvação, mas os acompanham ao Salvador. Apocalipse 14:13 – “Então, ouvi uma voz do céu, dizendo: Escreve: Bem-aventurados os mortos que, desde agora, morrem no Senhor. Sim, diz o Espírito, para que descansem das suas fadigas, e as suas obras os acompanham”.

            Efésios 2:1-5 “Ele vos deu vida, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados...”. Versículo 5 “Estando nós mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo, – pela graça sois salvos”.

            Portanto, não há dúvida: a reabilitação diante de Deus só se obtém pela fé no sacrifício de Cristo. Não existe outra opção.

            Tito 2:13-14 – “Aguardando a bendita esperança e a manifestação da glória do nosso grande Deus e Salvador Cristo Jesus, o qual a si mesmo se deu por nós, a fim de remir-nos de toda iniquidade e purificar, para si mesmo, um povo exclusivamente seu, zeloso de boas obras”.

            DISCERNINDO: As obras não são a causa, mas os resultados da justificação. A fé, que salva o crente, não está só.

            I Coríntios 1:28-31 – “E Deus escolheu as coisas humildes do mundo, e as desprezadas, e aquelas que não são, para reduzir a nada as que são; a fim de que ninguém se vanglorie na presença de Deus. Mas vós sois dele, em Cristo Jesus, o qual se nos tornou, da parte de Deus, sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção, para que, como está escrito: Aquele que se gloria, glorie-se no Senhor”. Amém.

terça-feira, 6 de julho de 2021

A Sã Doutrina - Discernindo

  Extraído do Livro "Mensagens Reveladas - Assim Deus tem Falado.

 - Bispo Emir Castro de Macedo

FALSOS ENSINAMENTOS

            Quantos estão sendo fascinados pelas doutrinas espúrias que, embora anunciadas em nome de Deus, são doutrinas que não agradam ao SENHOR, por serem humanas, baseadas no “EU ACHO”. São alicerçadas no que o homem “VÊ, na APARÊNCIA”. Foi isso que levou Ló, sobrinho de Abraão, a descer as campinas verdejantes do Jordão, que eram como jardins de DEUS, antes do SENHOR destruir Sodoma e Gomorra.

            Quantos estão descendo. Descendo nas misturas e facilidades proporcionadas pelo caminho largo, que tem como ALVO o inferno. Quantos estão se perdendo nestes dias, vivendo por vista e não por fé. O homem natural vê naturalmente e até diz: “Tudo está na cara”. E, assim, julgam, trabalham, entram em ação. Os pastores de Ló se perderam.

            Eva, fascinada pela doutrina diabólica da serpente, levou o seu companheiro à mistura e consequente expulsão do Paraíso, legando um desastre para a humanidade até o dia de hoje. Gálatas 3:1-3 – O Apóstolo Paulo mostra o seu sentimento ao saber que muitos se tornavam insensatos, pois, TENDO COMEÇADO NO ESPÍRITO, ACABAVAM NA CARNE.

            Caim quis oferecer a DEUS os frutos da terra, raiz da areia, raiz “para baixo”, invertendo os fatos porque era do maligno – beterraba (dá tinta vermelha, todavia não é sangue), alface, banana. Onde está o sentimento? Que sofrimento? Que dor? Caim é a razão humana, o “EU ACHO”, a obra dos olhos, a obra da carne, alimento da carne, aparência, vida da terra, raiz da areia, obra própria. Nela, não há nenhuma revelação divina, nada de obediência. É A OBRA DE ORGULHO E VAIDADE, em oposição à HUMILDADE E SIMPLICIDADE. Ódio e ira, em oposição ao AMOR.

            Caim é o crente que vive por vista; é o cristão, por obras próprias, justiça própria. Não ouve o que Deus lhe fala, descai o semblante, voltando-se para baixo (somente o que é de baixo, da terra, lhe interessa). Ele é a igreja nominal, a obra humana. Ira-se. É orgulhoso demais para se humilhar.

 

A SÃ DOUTRINA

            Somente os que sobem a montanha da PACIÊNCIA, da REVELAÇÃO DIVINA, falam com Deus. O homem espiritual discerne o que é do Espírito. Embora não esteja evidente, analisa à luz da Palavra e, em oração, espera ouvir a voz do SENHOR e, assim, entra em ação. Confia, sabe que os olhos do SENHOR tudo veem.

            Abraão subiu a montanha, aguardou, sofreu, esperou, e, a cada parada, na subida, edificava um altar ao SENHOR. Os pastores de Abraão subiram e receberam a bênção.

            Que maravilha a subida com o CORDEIRO! Quantos estão perdendo de vista O CORDEIRO DE DEUS que tira o pecado do mundo. Isaque, na subida do Monte Moriá, para o sacrifício, sentiu falta do CORDEIRO. Ele, com a lenha; o pai, com o cutelo. Tudo bem, mas onde está o CORDEIRO? Só prosseguiu quando ouviu: “Deus proverá o CORDEIRO para o holocausto” Gênesis 22. Quantos, que conseguiram subir até certo ponto, perderam a presença do CORDEIRO, começaram a descer e não estão percebendo. Prestam culto, preparam o sacrifício, planejam, mas onde está o CORDEIRO? Quantos, sufocados pelas lutas, entram no egocentrismo. Onde está o CORDEIRO?

            No cárcere, sob as ameaças de Herodes, João Batista chama os seus discípulos e pede: “Ide a Ele (JESUS) e perguntai se Ele é mesmo o CRISTO”. Onde está o CORDEIRO?

            Junto à fogueira dos escarnecedores, Pedro distanciou-se, comprometeu-se: “Não O conheço”. Onde está o CORDEIRO?

            Maria perde Jesus no templo e retorna imediatamente. Quantos estão perdendo o Senhor dentro da própria igreja. Onde está o CORDEIRO?

            Sansão usando o EU, vaidoso pela grande vitória contra mil filisteus, quase morre de sede. Onde está o CORDEIRO? Humilha-se rapidamente e clama. DEUS lhe mostra a pedra, e dela bebe abundantemente. Leiamos I Pedro 2:4-10.

            Antes, éramos pedras brutas da pedreira do mundo. Hoje, porém, fomos transformados em pedras vivas para habitação de seu Santo Espírito.

            Lembremo-nos: As pedras vivas foram tiradas da pedreira do mundo e do pecado. Não podemos retornar à condição de pedras mortas.

            As pedras vivas são colocadas nos seus devidos lugares. Umas são colocadas na entrada; outras, nas paredes do lado; e outras, nos fundos. Ninguém as vê; todavia, todas são importantes e desempenham uma função. Seja qual for o lugar que você ocupa, você não deixa de ser uma pedra colocada por DEUS no seu devido lugar. “Amados, quando empregava toda diligência em escrever-vos acerca da nossa comum salvação, foi que me senti obrigado a corresponder-me convosco, exortando-vos a batalhardes, diligentemente, pela fé que uma vez por todas foi entregue aos santos” Epístola de Judas 1:3.

            “Acautelai-vos, para não perderdes aquilo que temos realizado com esforço, mas para receberdes completo galardão. Todo aquele que ultrapassa a doutrina de Cristo e nela não permanece não tem Deus; o que permanece na doutrina, esse tem tanto o PAI como o FILHO. Se alguém vem ter convosco e não traz esta doutrina, não o recebais em casa, nem lhe deis as boas-vindas. Porquanto aquele que lhe dá boas vindas faz-se cúmplice das suas obras más” II Epístola de João 8-11.

            “Não tenho maior alegria do que esta, a de ouvir que meus filhos andam na verdade” III Epístola de João 4.

“Sereis odiados de todos por causa do meu nome; aquele, porém, que perseverar até o fim, esse será salvo” Marcos 13:13.

            Quantos estão desanimando e até cedendo diante da apostasia. “Tudo o que o homem semear, isto também ceifará.” Os salvos observam, nessa gloriosa palavra, a realidade de uma promessa: o servo de Deus, trabalhador, sincero e persistente, colherá o fruto de seus labores. Seu persistente esforço não ficará sem recompensa. Há necessidade de que se entenda que as dificuldades existem para que sejam selecionados dos “chamados, os escolhidos”.

            Aqueles que sucumbem ao desânimo, jamais desfrutarão dos louros da vitória. Lembremo-nos de que fracassar pode ser doloroso; todavia, mais doloroso é nunca ter tentado triunfar. Veio o fracasso? Foi para minha alegria que passei por tamanha aflição. Por que então não tentar mais uma vez com vontade inquebrantável? Os murmuradores são sempre oportunistas que labutam em causa própria, ególatras; pesam-lhes mais as preocupações pessoais do momento do que a verdade transcendente. Invertem sempre os valores: preferem o temporal ao eterno e terminam perdendo ambos. Ninguém engana a Deus. Procrastinam como Félix que, ouvindo a mensagem do Apóstolo Paulo, despachou-o sob o pretexto de ouvi-lo em outra oportunidade, que não houve.

            “E conhecereis a verdade e a verdade vos libertará” João 8:32. Isto significa sair de uma liberdade ilimitada, anárquica e inconcebível, para uma liberdade nos limites da Palavra do Espírito, que é o único meio de possuí-la. O máximo que o homem deve aspirar é a liberdade relativa, dentro dos princípios bíblicos. A liberdade com responsabilidade é vivida sob a autoridade; é para aqueles de cuja consciência e de cujos ombros foi removido o fardo opressivo do pecado da rebelião, da culpa, porque confiam no Senhor Jesus como seu único Redentor pessoal. Os condenados à morte receberam o perdão e desfrutam do alívio que lhes inunda a alma. Em tudo dai graças. Hoje, como sempre, é verdadeiro o princípio: “Deus não se deixa escarnecer; porque tudo que o homem semear, isso também ceifará”. Poderá a presente civilização escapar dessa verdade inexorável? Não é querer ser pragmático, mas os sintomas de degeneração aí estão a corroer os mais diversos segmentos da sociedade humana, caminhando para o colapso final. E nessa progressão, que se degenera em introversão, isto é, descamba no egoísmo desmesurado, procura quebrar a identidade da igreja do Senhor Jesus, minando sua resistência, tornando-a semelhante à turba insensata.

            A igreja não pode se enamorar do mundo, porque já assumiu um compromisso de casamento. Ela é a noiva do Senhor Jesus Cristo e discerne todas as coisas; vive na sociedade, mas sabe preservar a sua individualidade como corpo de Cristo. Apoia as boas causas com todo vigor, mas também diverge, se sua consciência que é a sede do Espírito da Palavra, assim o exigir. Vive na sociedade como sal e luz para anunciar o bem que o Senhor pode e deseja realizar com todos os homens.

            A Palavra do Espírito se constitui num paradoxo que precisa ser entendido, uma vez que ela restringe ao mesmo tempo em que liberta; isto é, proporciona a paz interior quando mantemos a harmonia com Deus, independentemente das circunstâncias exteriores. Contudo, não esqueçamos que as misericórdias do Senhor se constituem na causa de não sermos consumidos. Portanto, prossigamos em direção ao alvo – JESUS, o nosso modelo perfeito – sabendo que, para isso, o servo de Deus deve negar-se a si mesmo, o que significa depor o eu do trono e entronizar Jesus, trocando assim o perecível pelo eterno.

            Sempre há esperança para quem reconhece seus erros e deficiências. Não há, porém, esperança para quem se julga perfeito. Este está irremediavelmente cego e iludido.

            Será que o nosso culto a Deus se constitui numa oferta aceitável? Tem sido uma adoração racional? Ele resistirá ao escrutínio infalível do eterno juiz?