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quarta-feira, 14 de julho de 2021

domingo, 11 de julho de 2021

O perigo de se apartar da simplicidade e pureza de Cristo.

 Extraído do Livro "Mensagens Reveladas - Assim Deus tem Falado.

 - Bispo Emir Castro de Macedo

MEDITAÇÃO

            “Mas receio que, assim como a serpente enganou a Eva com a sua astúcia, assim também seja corrompida a vossa mente e se aparte da simplicidade e pureza devidas a Cristo” – II Coríntios 11:3.

            “Astúcia é um artifício, um engano, uma mentira, que se assemelha tanto quanto possível à verdade. Vigie.”

            Amado leitor, busquemos a renovação da fé numa linguagem que os verdadeiros filhos de Deus devem ter, usando a única arma poderosa, a imutável Palavra de Deus. Pois é com ela que apagamos todos os dardos inflamados do maligno e recebemos condições para afugentar todo o exército insensível e atuante da maldade que, usando sutis artimanhas, incutem vacilações, rebeliões, falsidades, num momento em que a atitude dos salvos deve ser de uma constância inabalável.

            Necessitamos de ousadia para falarmos a linguagem do Senhor e assim desfazermos os sinais dos profetizadores de mentiras – Isaías 44:25. O Senhor confirmará a palavra de Seu servo – Isaías 44:26. Lamentavelmente, é grande o número de pessoas que adoram contar o que o diabo está fazendo, esperando receber do próximo palavras de compaixão e dó; não aprendem a maneira correta de falar, pronunciam palavras destruidoras. Provérbios 13:2,3 “Do fruto da boca o homem comerá o bem, mas o desejo dos pérfidos é a violência. O que guarda a boca conserva a sua alma, mas o que muito abre os lábios a si mesmo se arruína”.

            As palavras que proferimos retratam o que somos e traduzem aquilo em que realmente cremos. Evitemos pronunciar palavras destruidoras. Porventura, as contendas, incompreensões, iras e julgamentos não têm suas origens no afastamento da Palavra do Espírito? Façamos uso da Palavra de Deus diante de qualquer desafio, para que o inimigo de nossas almas seja completamente derrotado.

            A linguagem dos verdadeiros filhos de Deus é a da pacificação e nunca a da rebelião e confusão; isso geralmente traz dois pesos e duas medidas. Temos um PAI e é Ele que fala e vela sobre Sua Palavra para a cumprir – Jeremias 1:12.

            Por que muitos têm perdido a alegria da salvação? Deixaram a vida da Palavra do Espírito.

            A pessoa que tem em sua boca a confissão correta está sempre alegre e confiante. Ela nunca se queixa e sempre confia na solução de todos os problemas; nunca é tarde demais e não há tempo ruim que não mude. Salmos 23:1 “O Senhor é o meu pastor; nada me faltará”. Considero-me uma ovelha desse Sumo Pastor. Não tenhamos na nossa boca nada que contradiga a Palavra do Espírito. Alimentemo-nos da verdade conforme João 8:32, e ela mudará a cada momento a nossa maneira de expressar.

            João 7:37,38 “No último dia, o grande dia da festa, levantou- se Jesus e exclamou: Se alguém tem sede, venha a mim e beba. Quem crer em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva”.

            Após essas palavras, o povo se dividiu. Alguns queriam prendê-lo. Muitos não entenderam o espírito da Palavra. Não creram. Não beberam da Água.

            Lembremo-nos do dilúvio. A obediência à Palavra do Espírito trouxe salvação sobre as águas. Desobediência, morte sob as águas. Ao obediente Noé e sua família, a aliança foi simbolizada pelo arco-íris, confirmando a vida da água, a promessa do Senhor: Não haverá mais julgamento de condenação pela água e sim de salvação. Qual a nossa posição? Antediluvianos que não creram e pereceram, ou Noé que creu e viveu?

            Nicodemos foi alertado e convidado a uma transformação introspectiva, a entrar e beber da água do Espírito, que produz um novo nascimento.

            Amado leitor, beba abundantemente dessa Água do Espírito. A igreja de Filadélfia tinha pouca força, isto é, não era tão forte e nem perfeita, entretanto, guardou a Palavra e não negou o nome do Senhor. A vitória dessa igreja de pouca força foi porque guardou a Palavra do Senhor –Apocalipse 3:8. “Porque guardaste a palavra da minha perseverança, também eu te guardarei da hora da provação que há de vir sobre o mundo inteiro, para experimentar os que habitam sobre a terra” – Apocalipse 3:10.

            Com a destruição pelas águas e salvação das águas pelo anúncio e estabelecimento da aliança do Senhor pelo ARCO – Gênesis 8:11-13. O ARCO estará nas nuvens – Gênesis 9:16.

            II Pedro 3:7 – Ora, os céus que agora existem e a terra, pela mesma palavra, têm sido entesourados para fogo, estando reservados para o Dia do Juízo e destruição dos homens ímpios.”

            Ao passar pelo fogo dessa aflição, o Senhor Jesus se fez como homem; e este homem sou eu e é você. Cumpriu a lei em nosso lugar e apagou o que devíamos. Em Cristo, o fogo do Espírito nos dá vida, porque é vida do Espírito da Palavra, que já está em nós, mas não está no ímpio que será queimado literalmente uma vez que a carne está viva. Todavia, em Cristo, a nossa carne morreu. Morreu em você? Está contendendo por causa de costumes? Defende seus pontos de vista, seus Eu acho, sem examiná-los à luz da Palavra? Ainda não entendeu que Deus não age nos extremos? Nem compreendeu o respeito ao ponto de vista do irmão? – Mateus 7, Romanos 2.

            Vejamos o exemplo de Gideão. Esse símbolo – a carne da velha natureza – foi queimado na penha (Rocha) – Juízes 6:20,21. Deu vida à terra pela água tirada do velo de lã de cordeiro que se secou, depois de espremido, enchendo uma taça de água – Juízes 6:38. Jesus, velo seco, terra molhada que agora fértil, produz o trigo que, moído, dá o pão que não interessa aos ímpios midianitas, uma vez que é morte para o pecado e vida do Espírito para nós.

            Amados, é noite. Memorizemos o Calvário. Ele, Jesus, morreu, dessecou-se para que pudéssemos beber da água pura da vida, sua poderosa PALAVRA. Sejamos o orvalho sobre toda a terra, dando vida ao que está sedento – Juízes 6:40

            Jesus se fez homem, e no deserto, na hora da fome, Satanás mandou que Ele transformasse as pedras em pães. Mas, como Homem e Filho de Deus, rejeitou o alimento sugerido pelo diabo e permaneceu e anunciou a Palavra da boca de Deus. Palavra do Espírito.

            Temos de estar cônscios da responsabilidade que o momento exige de cada um de nós. A humanidade sofre e geme com as astutas ciladas do adversário; testemunhamos a inversão de valores e sutis ofertas meramente terrenas em detrimento da imutável Palavra de Deus. Pressionam a verdadeira obra do Espírito no sentido de rendição, a princípio parcial, mas visando transformá-la na mulher do capítulo 17 de Apocalipse – a grande prostituta montada na besta.

            Lembremo-nos de que a meretriz, por necessidade ou não (não nos cabe julgar sua opção), vende o seu corpo a preço de dinheiro e bens da terra. Todavia, a igreja de Jesus não tem esse direito, uma vez que é o corpo de Jesus comprado por Ele, pelo alto preço de sangue. Jesus pagou nossa dívida, astronomicamente alta e sem nenhuma possibilidade de resgate por nenhum outro, como lemos em Salmos 49:7,8 “Ao irmão, verdadeiramente, ninguém o pode remir, nem pagar por ele a Deus o seu resgate (Pois a redenção da alma deles é caríssima, e cessará a tentativa para sempre)”.

            Cerca de setecentos anos antes, fora escrita a descrição da nossa justificação pela antevisão do profeta Isaías: “Certamente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus e oprimido. Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados” – Isaías 53:4-5.

            Somos, portanto, somente dele. A igreja vive para Ele. A lei não perdoa o pecador, pelo contrário, exigia a sua condenação e foi no tribunal do Gólgota que fomos julgados e condenados, pois a lei vindicou ali os seus direitos aviltados. Jesus tomou o nosso lugar e morreu pelos nossos pecados; o justo, pelos injustos. O doloroso sacrifício da cruz cumpriu a nossa eterna redenção, reconciliando o homem com Deus.

            Em Lucas 7:40-43, lemos: “Dirigiu-se Jesus ao fariseu e lhe disse: Simão, uma coisa tenho a dizer-te. Ele respondeu: Dize-a, Mestre. Certo credor tinha dois devedores: um lhe devia quinhentos denários, e o outro, cinquenta. Não tendo nenhum dos dois com que pagar, perdoou-lhes a ambos. Qual deles, portanto, o amará mais? Respondeu-lhe Simão: Suponho que aquele a quem mais perdoou. Replicou-lhe: Julgaste bem”.

            O Senhor Jesus demonstrou a condição miserável dos seres humanos. Todos são devedores: uns devem menos; outros, mais. Todos são fracassados, falidos. Não têm com que pagar. O homem fracassado como é, não pode se exaltar sob nenhum pretexto, porque não tem condição de justificar-se perante Deus, pelo que realiza, ainda que com boas obras. O Senhor diz que, depois que fizermos tudo, devemos nos considerar servos inúteis. Somos salvos pelas infinitas misericórdias de Deus em Cristo Jesus, o Senhor, a quem devemos tributar toda honra e toda glória.

            Jó 9:20 – “Ainda que eu seja justo, a minha boca me condenará; embora seja eu íntegro, ele me terá por culpado”.

            Concluímos que não há, no homem, mérito que o justifique diante de Deus. Seria confiar na ação de um morto. As obras não levam os homens à salvação, mas os acompanham ao Salvador. Apocalipse 14:13 – “Então, ouvi uma voz do céu, dizendo: Escreve: Bem-aventurados os mortos que, desde agora, morrem no Senhor. Sim, diz o Espírito, para que descansem das suas fadigas, e as suas obras os acompanham”.

            Efésios 2:1-5 “Ele vos deu vida, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados...”. Versículo 5 “Estando nós mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo, – pela graça sois salvos”.

            Portanto, não há dúvida: a reabilitação diante de Deus só se obtém pela fé no sacrifício de Cristo. Não existe outra opção.

            Tito 2:13-14 – “Aguardando a bendita esperança e a manifestação da glória do nosso grande Deus e Salvador Cristo Jesus, o qual a si mesmo se deu por nós, a fim de remir-nos de toda iniquidade e purificar, para si mesmo, um povo exclusivamente seu, zeloso de boas obras”.

            DISCERNINDO: As obras não são a causa, mas os resultados da justificação. A fé, que salva o crente, não está só.

            I Coríntios 1:28-31 – “E Deus escolheu as coisas humildes do mundo, e as desprezadas, e aquelas que não são, para reduzir a nada as que são; a fim de que ninguém se vanglorie na presença de Deus. Mas vós sois dele, em Cristo Jesus, o qual se nos tornou, da parte de Deus, sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção, para que, como está escrito: Aquele que se gloria, glorie-se no Senhor”. Amém.