Extraído do Livro "MENSAGENS REVELADAS - Assim Deus tem Falado" - Bispo Emir Castro de Macedo
A Graça de Deus à Noite
Salmos
23:4,5 - “Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal
nenhum, porque tu estás comigo; o teu bordão e o teu cajado me consolam. Preparas-me
uma mesa na presença dos meus adversários...”
Não
tenhamos ilusões, amados. Atualmente, estamos andando no vale da sombra da
morte dos tempos finais. Mas, eis que, justamente aí, podemos confiar na fé e
experimentar a promessa: “Preparas-me uma mesa na presença dos meus
adversários, unges-me a cabeça com óleo; o meu cálice transborda”. Essa
oferta da graça de Deus é real na maior aflição. Ela se manifesta no deserto.
Vivemos no tempo da rejeição às Sagradas Escrituras. Para alguém poder discernir a pessoa de Cristo e apegar-se a ELE no tempo da Sua rejeição, é necessário ter a realidade de fé. Uma coisa é ser cristão, outra, confessar Cristo perante os homens. Na verdade, é difícil encontrar alguma coisa mais egoísta do que o coração que nos leva a aceitar tudo que Jesus tem para dar e não lhe darmos nada em troca.
Na
Epístola de Paulo aos Filipenses 3:18,19, lemos: “Pois muitos andam
entre nós, dos quais, repetidas vezes, eu vos dizia e, agora, vos digo, até
chorando, que são inimigos da cruz de Cristo. O destino deles é a perdição, o
deus deles é o ventre, e a glória deles está na sua infâmia: visto que só se
preocupam com as coisas terrenas”.
Vivemos
no meio de ações, organizações e tentativas que vão crescendo em ritmo cada vez
mais forte. É notória uma conspiração satânica para banir da terra o nome de
Cristo. Vemos a falta de revelação e de sabedoria que leva à inversão de
valores de ter a serpente como o tipo de Cristo; de olhar para acontecimentos meramente
materiais, corruptíveis em detrimento de uma vida espiritual abundante e real.
A nossa resposta é a fidelidade ao Senhor Jesus Cristo, e à sua poderosa e
imutável Palavra.
A
verdadeira senda de segurança, paz e bem-aventurança para todo o filho de Deus,
consiste em ter a Palavra de Deus como grande regra e a perfeita pedra de toque
para tudo, até mesmo para as circunstâncias externas e impressões íntimas para
os sentimentos, as imaginações e tendências. Tudo deve ser posto sob a luz
esquadrinhadora da Bíblia Sagrada, e ali julgado calma e seriamente.
Se
formos fiéis e não confiarmos em nós mesmos, se esperarmos em Deus, em
simplicidade de coração, retidão de pensamento e propósitos honestos, Ele nos
guiará. Mas de nada servirá pedir o conselho de Deus sobre um assunto em que já
estamos decididos ou a nossa vontade está em ação.
Muitas
vezes, a Palavra de Deus não agrada aos pensamentos do homem: julga-os; está em
oposição direta à sua vontade; choca-se com os seus planos, e por isso ele a
rejeita. A vontade humana e a razão humana estão sempre em oposição à Palavra de
Deus. Leva a uma vontade insubmissa e a uma razão cega que só podem conduzir às
trevas, miséria e desolação. Exemplo: Jonas queria ir para Társis,
quando deveria ter ido para Nínive. Jonas podia ter imaginado que era uma
grande bênção encontrar um barco que ia para Társis, mas se tivesse estado em
comunhão com Deus e à luz da Sua Palavra, nunca teria necessidade de um barco.
A consequência foi que se encontrou no “ventre do inferno”.
II Tessalonicenses 2:11 – “É por este motivo, pois, que Deus lhes manda a operação do erro, para darem crédito à mentira”. Quão perfeita é a Escritura! Tudo que precisamos é de olhos ungidos para ver, e de coração preparado para apreciar a sua glória.
Subamos
pela fé ao monte Moriá, e aprendamos que uma coisa é descansar nas bênçãos de
Deus e outra coisa é descansar nele Próprio. Abraão considerou que Deus era
poderoso. Isaque sem Deus, nada era; mas Deus, sem Isaque, era tudo.
Encontramos a resposta em Hebreus 11:18. Que bênção, que amor de Deus
demonstrado diante daquele que obedecia a sua voz, a sua Palavra! Deus poupou
Abraão da dor que Ele não poupou ao Seu próprio coração – a dor de ferir o Seu
Filho. Nem mesmo ao Seu próprio Filho poupou, antes o entregou por todos nós.
Façamos
como Rebeca, tipo da igreja. A Palavra de Eliézer ecoou aos seus ouvidos e
penetrou fundo no seu coração e desligou inteiramente as afeições do seu
coração, das coisas que o rodeavam. Estava pronta a deixar tudo para avançar
para as coisas que estavam diante dela. Ela prosseguiu pelo prêmio da vocação de
Deus, e esperança de ser a esposa de Isaque, co-herdeira com ele de toda a sua
dignidade e glória – Filipenses 3: 13,14. Rebeca é exemplo da igreja sob
a condução do Espírito Santo, de viagem para ir ao encontro do noivo celestial.
O nosso guia deleita-se em falar de Jesus: “Ele há de falar do que é meu e
vo-lo há de anunciar e vos anunciará o que há de vir”.