Extraído do Livro "MENSAGENS REVELADAS - Assim Deus tem Falado"
- Bispo Emir Castro de Macedo
Amados, é noite. Memorizemos o
Calvário. Ele, Jesus, morreu, dessecou-se para que pudéssemos beber da água
pura da vida, sua poderosa PALAVRA. Sejamos o orvalho sobre toda a terra, dando
vida ao que está sedento – Juízes 6:40.
Vestígios /Restos da Arca de Noé - Monte Ararat - Turquia. |
Temos de estar cônscios da responsabilidade
que o momento exige de cada um de nós. A humanidade sofre e geme com as astutas
ciladas do adversário; testemunhamos a inversão de valores e sutis ofertas
meramente terrenas em detrimento da imutável Palavra de Deus. Pressionam a
verdadeira obra do Espírito no sentido de rendição, a princípio parcial, mas
visando transformá-la na mulher do capítulo 17 de Apocalipse – a
grande prostituta montada na besta.
Lembremo-nos de que a meretriz, por
necessidade ou não (não nos cabe julgar sua opção), vende o seu corpo a preço
de dinheiro e bens da terra. Todavia, a igreja de Jesus Cristo não tem esse
direito, uma vez que é o corpo de Jesus comprado por Ele, pelo alto preço de
sangue. Jesus Cristo pagou nossa dívida, astronomicamente alta e sem nenhuma
possibilidade de resgate por nenhum outro, como lemos em Salmos 49:7,8 – “Ao irmão,
verdadeiramente, ninguém o pode remir, nem pagar por ele a Deus o seu
resgate (Pois a redenção da alma deles é
caríssima, e cessará a tentativa para sempre)”.
Cerca de setecentos anos antes, fora
escrita a descrição da nossa justificação pela antevisão do profeta Isaías: “Certamente, ele tomou sobre si as nossas
enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito,
ferido de Deus e oprimido. Mas ele foi
traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades; o
castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos
sarados” – Isaías 53:4,5.
Somos, portanto, somente dele. A
igreja vive para Ele. A lei não perdoa o pecador, pelo contrário, exigia a sua
condenação e foi no tribunal do Gólgota que fomos julgados e condenados, pois a
lei vindicou ali os seus direitos aviltados. Jesus tomou o nosso lugar e morreu
pelos nossos pecados; o justo, pelos injustos. O doloroso sacrifício da cruz cumpriu
a nossa eterna redenção, reconciliando o homem com Deus.
Todos os homens são falidos
Em Lucas 7:40-43, lemos: “Dirigiu-se
Jesus ao fariseu e lhe disse: Simão, uma coisa tenho a dizer-te. Ele respondeu:
Dize-a, Mestre. Certo credor tinha dois devedores: um lhe devia quinhentos denários,
e o outro, cinquenta. Não tendo nenhum dos dois com que pagar, perdoou-lhes a
ambos. Qual deles, portanto, o amará mais? Respondeu-lhe Simão: Suponho que
aquele a quem mais perdoou. Replicou-lhe: Julgaste bem”.
O Senhor Jesus demonstrou a condição miserável
dos seres humanos. Todos são devedores: uns devem menos; outros, mais. Todos
são fracassados, falidos. Não têm com que pagar. O homem fracassado como é, não
pode se exaltar sob nenhum pretexto, porque não tem condição de justificar-se
perante Deus, pelo que realiza, ainda que com boas obras. O Senhor diz que,
depois que fizermos tudo, devemos nos considerar servos inúteis. Somos salvos
pelas infinitas misericórdias de Deus em Cristo Jesus, o Senhor, a quem devemos
tributar toda honra e toda glória.
Jó 9:20 – “Ainda que eu seja justo, a minha boca me
condenará; embora seja eu íntegro, ele me terá por culpado”.
Concluímos que não há, no homem,
mérito que o justifique diante de Deus. Seria confiar na ação de um morto. As
obras não levam os homens à salvação, mas os acompanham ao Salvador. Apocalipse 14:13 – “Então, ouvi uma voz do céu,
dizendo: Escreve: Bem-aventurados os mortos que, desde agora, morrem no Senhor.
Sim, diz o Espírito, para que descansem das suas fadigas, e as suas obras os
acompanham”. Efésios 2:1-5
– “Ele vos deu vida, estando vós mortos
nos vossos delitos e pecados...”. Versículo
5 – “Estando nós mortos em nossos
delitos, nos deu vida juntamente com Cristo, – pela graça sois salvos”. Portanto, não há dúvida: a
reabilitação diante de Deus só se obtém pela fé no sacrifício de Cristo. Não
existe outra opção.