Extraído do Livro "Mensagens Reveladas - Assim Deus tem Falado.
- Bispo Emir Castro de Macedo
MEDITAÇÃO
“Mas
receio que, assim como a serpente enganou a Eva com
a sua astúcia, assim também seja corrompida a
vossa mente e se aparte da
simplicidade e pureza devidas a Cristo” – II
Coríntios 11:3.
“Astúcia é
um artifício, um engano, uma mentira, que se assemelha tanto quanto
possível à verdade. Vigie.”
Amado
leitor, busquemos a renovação da fé numa linguagem que os verdadeiros
filhos de Deus devem ter, usando a única arma poderosa, a imutável
Palavra de Deus. Pois é com ela que apagamos todos os dardos inflamados
do maligno e recebemos condições para afugentar todo o exército
insensível e atuante da maldade que, usando sutis artimanhas, incutem
vacilações, rebeliões, falsidades, num momento em que a atitude dos salvos
deve ser de uma constância inabalável.
Necessitamos
de ousadia para falarmos a linguagem do Senhor e assim desfazermos os
sinais dos profetizadores de mentiras – Isaías 44:25. O Senhor
confirmará a palavra de Seu servo – Isaías 44:26. Lamentavelmente,
é grande o número de pessoas que adoram contar o que o diabo está
fazendo, esperando receber do próximo palavras de compaixão e dó; não
aprendem a maneira correta de falar, pronunciam palavras destruidoras. Provérbios
13:2,3 – “Do fruto da boca o homem comerá o bem, mas o
desejo dos pérfidos é a violência. O que guarda a boca conserva a
sua alma, mas o que muito abre os lábios a si mesmo se arruína”.
As
palavras que proferimos retratam o que somos e traduzem aquilo em que
realmente cremos. Evitemos pronunciar palavras destruidoras. Porventura,
as contendas, incompreensões, iras e julgamentos não têm suas origens no
afastamento da Palavra do Espírito? Façamos uso da Palavra de Deus
diante de qualquer desafio, para que o inimigo de nossas almas seja
completamente derrotado.
A
linguagem dos verdadeiros filhos de Deus é a da pacificação e nunca a da
rebelião e confusão; isso geralmente traz dois pesos e duas medidas.
Temos um PAI e é Ele que fala e vela sobre Sua Palavra para a cumprir – Jeremias
1:12.
Por que
muitos têm perdido a alegria da salvação? Deixaram a vida da Palavra do
Espírito.
A pessoa
que tem em sua boca a confissão correta está sempre alegre e confiante.
Ela nunca se queixa e sempre confia na solução de todos os problemas;
nunca é tarde demais e não há tempo ruim que não mude. Salmos 23:1 –
“O Senhor é o meu pastor; nada me faltará”. Considero-me
uma ovelha desse Sumo Pastor. Não tenhamos na nossa boca nada que
contradiga a Palavra do Espírito. Alimentemo-nos da verdade conforme João
8:32, e ela mudará a cada momento a nossa maneira de expressar.
João 7:37,38 –
“No último dia, o grande dia da festa, levantou- se Jesus e
exclamou: Se alguém tem sede, venha a mim e beba. Quem crer em mim,
como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água
viva”.
Após essas
palavras, o povo se dividiu. Alguns queriam prendê-lo. Muitos não
entenderam o espírito da Palavra. Não creram. Não beberam da Água.
Lembremo-nos
do dilúvio. A obediência à Palavra do Espírito trouxe salvação sobre as
águas. Desobediência, morte sob as águas. Ao obediente Noé e sua
família, a aliança foi simbolizada pelo arco-íris, confirmando a vida da
água, a promessa do Senhor: Não haverá mais julgamento de condenação pela
água e sim de salvação. Qual a nossa posição? Antediluvianos que não
creram e pereceram, ou Noé que creu e viveu?
Nicodemos
foi alertado e convidado a uma transformação introspectiva, a entrar e
beber da água do Espírito, que produz um novo nascimento.
Amado
leitor, beba abundantemente dessa Água do Espírito. A igreja de
Filadélfia tinha pouca força, isto é, não era tão forte e nem perfeita,
entretanto, guardou a Palavra e não negou o nome do Senhor. A
vitória dessa igreja de pouca força foi porque guardou a Palavra do
Senhor –Apocalipse 3:8. “Porque guardaste a palavra da minha
perseverança, também eu te guardarei da hora da provação que há
de vir sobre o mundo inteiro, para experimentar os que habitam
sobre a terra” – Apocalipse 3:10.
Com a destruição
pelas águas e salvação das águas pelo anúncio e estabelecimento da
aliança do Senhor pelo ARCO – Gênesis 8:11-13. O ARCO estará nas nuvens
– Gênesis 9:16.
II Pedro 3:7 – “Ora,
os céus que agora existem e a terra, pela mesma palavra, têm sido
entesourados para fogo, estando reservados para o Dia do Juízo e
destruição dos homens ímpios.”
Ao passar
pelo fogo dessa aflição, o Senhor Jesus se fez como homem; e este homem
sou eu e é você. Cumpriu a lei em nosso lugar e apagou o que devíamos.
Em Cristo, o fogo do Espírito nos dá vida, porque é vida do Espírito da
Palavra, que já está em nós, mas não está no ímpio que será queimado
literalmente uma vez que a carne está viva. Todavia, em Cristo, a nossa
carne morreu. Morreu em você? Está contendendo por causa de costumes?
Defende seus pontos de vista, seus Eu acho, sem examiná-los
à luz da Palavra? Ainda não entendeu que Deus não age nos extremos?
Nem compreendeu o respeito ao ponto de vista do irmão? – Mateus 7,
Romanos 2.
Vejamos o
exemplo de Gideão. Esse símbolo – a carne da velha natureza – foi
queimado na penha (Rocha) – Juízes 6:20,21. Deu vida à terra pela
água tirada do velo de lã de cordeiro que se secou, depois de espremido,
enchendo uma taça de água – Juízes 6:38. Jesus, velo seco, terra
molhada que agora fértil, produz o trigo que, moído, dá o pão que não
interessa aos ímpios midianitas, uma vez que é morte para o pecado e
vida do Espírito para nós.
Amados, é
noite. Memorizemos o Calvário. Ele, Jesus, morreu, dessecou-se para que pudéssemos
beber da água pura da vida, sua poderosa PALAVRA. Sejamos
o orvalho sobre toda a terra, dando vida ao que está sedento – Juízes
6:40
Jesus se fez homem, e no deserto, na
hora da fome, Satanás mandou que Ele transformasse as pedras em pães.
Mas, como Homem e Filho de Deus, rejeitou o alimento sugerido pelo diabo
e permaneceu e anunciou a Palavra da boca de Deus. Palavra do Espírito.
Temos de
estar cônscios da responsabilidade que o momento exige de cada um de
nós. A humanidade sofre e geme com as astutas ciladas do adversário;
testemunhamos a inversão de valores e sutis ofertas meramente terrenas
em detrimento da imutável Palavra de Deus. Pressionam a verdadeira obra
do Espírito no sentido de rendição, a princípio parcial, mas visando
transformá-la na mulher do capítulo 17 de Apocalipse – a
grande prostituta montada na besta.
Lembremo-nos
de que a meretriz, por necessidade ou não (não nos cabe julgar sua
opção), vende o seu corpo a preço de dinheiro e bens da terra. Todavia,
a igreja de Jesus não tem esse direito, uma vez que é o corpo de Jesus
comprado por Ele, pelo alto preço de sangue. Jesus pagou nossa dívida,
astronomicamente alta e sem nenhuma possibilidade de resgate por nenhum
outro, como lemos em Salmos 49:7,8 – “Ao irmão,
verdadeiramente, ninguém o pode remir, nem pagar por ele a Deus o
seu resgate (Pois a redenção da alma deles é caríssima, e cessará
a tentativa para sempre)”.
Cerca de
setecentos anos antes, fora escrita a descrição da nossa justificação
pela antevisão do profeta Isaías: “Certamente, ele tomou sobre
si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós
o reputávamos por aflito, ferido de Deus e oprimido. Mas ele foi
traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas
iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas
suas pisaduras fomos sarados” – Isaías 53:4-5.
Somos,
portanto, somente dele. A igreja vive para Ele. A lei não perdoa o
pecador, pelo contrário, exigia a sua condenação e foi no tribunal do
Gólgota que fomos julgados e condenados, pois a lei vindicou ali os seus
direitos aviltados. Jesus tomou o nosso lugar e morreu pelos nossos
pecados; o justo, pelos injustos. O doloroso sacrifício da cruz cumpriu
a nossa eterna redenção, reconciliando o homem com Deus.
Em Lucas
7:40-43, lemos: “Dirigiu-se Jesus ao fariseu e lhe disse:
Simão, uma coisa tenho a dizer-te. Ele respondeu: Dize-a, Mestre.
Certo credor tinha dois devedores: um lhe devia quinhentos denários,
e o outro, cinquenta. Não tendo nenhum dos dois com que pagar,
perdoou-lhes a ambos. Qual deles, portanto, o amará mais?
Respondeu-lhe Simão: Suponho que aquele a quem mais perdoou.
Replicou-lhe: Julgaste bem”.
O Senhor
Jesus demonstrou a condição miserável dos seres humanos. Todos são
devedores: uns devem menos; outros, mais. Todos são fracassados,
falidos. Não têm com que pagar. O homem fracassado como é, não pode se
exaltar sob nenhum pretexto, porque não tem condição de justificar-se
perante Deus, pelo que realiza, ainda que com boas obras. O Senhor diz
que, depois que fizermos tudo, devemos nos considerar servos inúteis.
Somos salvos pelas infinitas misericórdias de Deus em Cristo Jesus, o
Senhor, a quem devemos tributar toda honra e toda glória.
Jó 9:20 – “Ainda
que eu seja justo, a minha boca me condenará;
embora seja eu íntegro, ele me terá por
culpado”.
Concluímos
que não há, no homem, mérito que o justifique diante de Deus. Seria
confiar na ação de um morto. As obras não levam os homens à salvação,
mas os acompanham ao Salvador. Apocalipse 14:13 – “Então, ouvi uma
voz do céu, dizendo: Escreve: Bem-aventurados os mortos que,
desde agora, morrem no Senhor. Sim, diz o Espírito, para que
descansem das suas fadigas, e as suas obras os acompanham”.
Efésios 2:1-5 –
“Ele vos deu vida, estando vós mortos nos vossos delitos e
pecados...”. Versículo 5 – “Estando nós mortos em
nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo, – pela graça
sois salvos”.
Portanto,
não há dúvida: a reabilitação diante de Deus só se obtém pela fé no
sacrifício de Cristo. Não existe outra opção.
Tito 2:13-14 – “Aguardando
a bendita esperança e a manifestação da
glória do nosso grande Deus e Salvador Cristo Jesus,
o qual a si mesmo se deu por nós, a fim de
remir-nos de toda iniquidade
e purificar, para si mesmo, um povo exclusivamente
seu, zeloso de boas obras”.
DISCERNINDO:
As obras não são a causa, mas os resultados da justificação. A fé, que
salva o crente, não está só.
I Coríntios 1:28-31 – “E
Deus escolheu as coisas humildes do
mundo, e as desprezadas, e aquelas que não são, para reduzir
a nada as que são; a fim de que ninguém se
vanglorie na presença de Deus.
Mas vós sois dele, em Cristo Jesus, o qual se nos tornou,
da parte de Deus, sabedoria, e justiça, e
santificação, e redenção, para
que, como está escrito: Aquele que se gloria, glorie-se no
Senhor”. Amém.