FÉ
"Ora a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas que se não veem. Ora, sem fé é impossível agradar a deus". Hebreus 11:1-6
Como se faz necessária a fé nestes últimos dias. Falo de uma fé a exemplo da definição dada pelo escritor do livro de Hebreus no capítulo 11, verso 1, “Ora a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas que não se veem.” Uma fé deste quilate que nos leva a viver no possível de Deus. Não é o possível do homem, pois isso já está ao seu alcance. Quando se fala do possível em Deus, logo pensamos no milagre, na maravilha.
Quando o povo de Israel deixou o Egito, logo depois foi acuado pelo exército do faraó pela retaguarda, por montanhas intransponíveis a direita e a esquerda e pelo mar vermelho à frente. Israel gemeu e clamou a Moisés e este vendo que não se tratava de um caso que ele mesmo poderia resolver, por fé, clamou ao Deus de Israel, o Deus do possível. A palavra veio e o mar se abriu pela Palavra de Deus na boca Moisés. Israel passou a pés enxutos. Eram homens, mulheres, idosos, crianças e muito despojo do Egito. Muito diferente do exército do Faraó, que em seus carros e cavalos estavam preparados para destruir Israel, mas não puderam se aproximar, pois o SENHOR se interpôs entre faraó e Israel. O milagre estava acontecendo. Diante da situação primeira, o desespero, a momentânea aflição, o clamor, o gemido; depois do milagre, o júbilo e a alegria. Pudesse Israel compreender os mistérios de Deus e pela fé, ver a realidade do mar aberto, antes mesmo disto acontecer, muita preocupação teria sido evitada e já estariam desfrutando da alegria do SENHOR (presença do SENHOR), já no início da prova. Aleluia! Glórias a Jesus!
O Espírito Santo me leva agora a uma aldeia chamada Betânia, na casa onde residiam três irmãos: Lázaro, Marta e Maria. Lázaro estava doente. Jesus foi comunicado de sua enfermidade e permaneceu onde estava ainda por dois dias. Lázaro morreu. Ninguém, nem os discípulos que desceram com Ele, nem Marta, nem Maria sabiam o que ia acontecer. Logo em sua chegada o Mestre é interceptado por Marta que lhe disse: “se tu estivesses aqui meu irmão não teria morrido, mas também agora sei que tudo quanto pedires a Deus, Deus te concederá”. Jesus fala de ressurreição. Marta que dissera que tudo que Ele pedisse a Deus, Deus o concederia, entende que Ele estava falando da ressurreição para tempos distantes. O Mestre Jesus é contundente e diz: "Eu Sou a ressurreição e a vida quem crer em mim ainda que esteja morto viverá e todo aquele que vive e crê em mim nunca morrerá. Crês tu isto?" Vejo Marta assustada e respondendo com temor, sim Senhor, eu creio que tu és o Cristo, o Filho de Deus que havia de vir ao mundo.
Diante do túmulo, Jesus chorou. Havia um suspense muito grande. Algo maravilhoso estava para acontecer, mas... e a fé? Ninguém tinha fé. Ali estava o Criador, o Autor da vida, mas ninguém tinha fé. O silêncio é quebrado e Jesus diz: “Tirai a pedra!” Para Maria, Marta e para todos ali, o tirar a pedra era um inconveniente. Talvez tenham tido vontade de ir embora. A cena não seria agradável se tirassem a pedra. O defunto já estava ali há quatro dias, já cheirava mal... Jesus diz: “Não te hei dito que se creres verás a glória de Deus?” Oh glória!
Mesmo sem entender, mas pela Palavra de Jesus, mãos humanas se moveram e tiraram a pedra. Jesus glorifica ao Pai e dá testemunho à multidão. Cada palavra dita por ELE era de um significado muito profundo para os que o ouviam. Era a Espada de Dois Fios cortando para levar a fé e a vida aos corações. Jesus clamou com grande voz: “Lázaro, sai para fora!” E o defunto saiu. Aleluia! Oh glória! Alegria, choro de alegria, emoção e júbilo de fé. Agora podiam crer, pois haviam visto o milagre. Mais tarde o Senhor diria a Tomé, que mais bem aventurados seriam os que iriam crer sem ver.
A fé genuína, a que é Dom de Deus e que é fruto do Espírito Santo, ela sempre vai apontar para cima, para a glória eterna. Não pode ser confundida com o que se vê hoje em dia, uma fé que busca os próprios interesses e nunca o Reino Eterno de Deus. Uma fé que liga na Terra, no natural, no lucro imediato. Uma fé que é movida por um espírito de engano e rebelião que se levanta contra Deus, em exigências absurdas e egoístas, como se Deus fosse um empregado. Uma fé que mostra um total desconhecimento de Deus e de Sua obra, e, é resultado de corações egoístas e avarentos. Para os quais Judas, apóstolo, faz menção do quanto são malditos.
Amado, tenha fé. Fé genuína, fé dom de Deus, fé fruto do Espírito Santo pois a vitória que vence o mundo (não se liga a ele), é a nossa fé; sem a qual é impossível agradar a Deus. Glória a Jesus! A Ele seja a honra e glória para sempre e eternamente. Amém.
Missionário Elias Afonso - JF-MG, 05/out/1999
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