“Ora, a passagem da Escritura que estava lendo era esta: Foi levado como ovelha ao matadouro; e, como um cordeiro mudo perante o seu tosquiador, assim ele não abriu a boca. Na sua humilhação, lhe negaram justiça; quem lhe poderá descrever a geração? Porque da terra a sua vida é tirada.” Atos 8:32-33
O Eunuco viajara mais de 1.500 quilômetros da Etiópia a Jerusalém para satisfazer a sua fome espiritual. Lá, no formalismo do judaísmo com suas cerimônias e regras exteriores, não encontrou paz para a sua alma. Todavia, levava a Palavra de Deus consigo para a Etiópia – África.
Fora à cidade santa, anelando beber da água viva, mas voltava ainda com sede.
Fora lá com fome pelo pão da vida, mas ainda estava com fome. Assim, assentado no seu carro regressando para sua terra, lia as Sagradas Escrituras, buscando paz para o seu coração.
Como um cordeiro, mudo perante o seu tosquiador:
Cordeiro – Palavra: Mudo perante o seu tosquiador.
“Disse-lhe então Pilatos: Não ouves quanto testificam contra ti? E nem uma palavra lhe respondeu, de sorte que o presidente estava muito maravilhado.” Mateus 27:13-14
Nem uma palavra, diante das acusações. Pilatos admirou-se grandemente, mas condenou o justo e deu liberdade ao injusto.
Pilatos deu crédito ao veneno dos fariseus, ao espírito do erro. Tosquiou o cordeiro. Tosquiar é cortar rente. Contudo, não pôde arrancar a raiz de Jessé. Glórias a Deus! Não abriu a sua boca, mas derramou a sua VIDA. Aleluia!
Hoje, quantos estão tosquiando o Cordeiro – a Palavra. Mentindo, envenenando lares, mentes. Aproveitando o silêncio da oração dos verdadeiros fiéis, tosquiam, mascaram, sentimentalizam. Dominados pelo espírito do erro, requerem adoração, cultos e ceias com os corações cheios de ódio, abomináveis ao Senhor. Tosquiam, mas a raiz torna a crescer com os que andam, não na soberba e exaltação, e sim, na humilhação.
O eunuco era homem inteligente e talentoso. Mas, ao confessar sua ignorância, descobriu sua verdadeira sabedoria. “Como poderei entender, se alguém não me ensinar?” Os que sabem tudo são os ignorantes sem esperança. Dominam, julgam, enganam, crescem por algum tempo, uma vez que repetem os mesmos venenos, tomam o lugar de vítima e, finalmente, descem.
O eunuco recebeu o enviado pelo Espírito. Filipe ouviu a voz do Espírito Santo e anunciou a Jesus (versículo 35 – “Então Filipe, abrindo a sua boca, e começando nesta Escritura, lhe anunciou a Jesus.”). Jesus foi a chave necessária para o eunuco entender a Escritura que lia.
Pela lei, era vedada a entrada do eunuco na congregação do Senhor – “Aquele a quem forem trilhados os testículos, ou cortado o membro viril, não entrará na congregação do SENHOR.” Deuteronômio 23:1.
Ouvindo, aceita a instrução, confessa sua ignorância e quer saber: “Eis aqui água. Que impede que eu seja batizado?” Deixou a sua religião formal, sua vida velha, e pediu o batismo nas águas, como sinal exterior do que acontecera no íntimo.
O que ouvimos do que é enviado pelo Espírito traz paz, harmonia, louvor a Deus e humildade.
O que vem do espírito do erro produz exaltação, ira, rebelião, blasfêmias contra o Espírito Santo. Tudo que fazem está ligado à terra. São moradores da terra; não são estrangeiros.
Versículo 30 – “Correndo Filipe, ouviu-o ler o profeta Isaías.”
Filipe
não corria atrás desse eminente homem rico para receber algo dele, mas para
transmitir-lhe a salvação, a maior dádiva existente. Com o suor de seu rosto
comerás o pão de cada dia – Gênesis 3:19.
O Cordeiro está mudo para muitos. As ovelhas parecem emudecidas.
Há os que saltam, gritam, caluniam, perseguem. O espírito de engano assalta lares, pregam ódio, fogem da consagração e oração. Até quando?
Romanos 1:28-32 - “E, como eles não se importaram de ter conhecimento de Deus, assim Deus os entregou a um sentimento perverso, para fazerem coisas que não convêm; Estando cheios de toda a iniquidade, fornicação, malícia, avareza, maldade; cheios de inveja, homicídio, contenda, engano, malignidade; Sendo murmuradores, detratores, aborrecedores de Deus, injuriadores, soberbos, presunçosos, inventores de males, desobedientes aos pais e às mães; néscios, infiéis nos contratos, sem afeição natural, irreconciliáveis, sem misericórdia; os quais, conhecendo o juízo de Deus (que são dignos de morte os que tais coisas praticam), não somente as fazem, mas também consentem aos que as fazem.”
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